sábado, maio 31, 2014

Boa noite, gente.

sexta-feira, maio 30, 2014

Boa noite, gente.

Boa noite, gente.

quinta-feira, maio 29, 2014

Boa noite, gente.

quarta-feira, maio 28, 2014

O pai pensará o mesmo?:).

João Soares acusa António Costa de "crise de egocentrismo" Ex-presidente da autarquia disse não lhe apetecer votar todos os anos a mesma questão. Hoje, 11h45 Correio da Manhã.

   O deputado socialista João Soares acusou hoje o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, de estar a sofrer uma "crise de egocentrismo" ao persistir no "disparate completo" de disputar a liderança do PS. Em declarações à agência Lusa, o dirigente socialista disse não aceitar que a história de há um ano se repita, lembrando a "tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia", com o recuo do presidente da Câmara de Lisboa e a confirmação de António José Seguro na liderança do PS. "Há menos de um ano tivemos um número parecido com este, uma tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia. As pessoas é que não têm memória na nossa terra. António Costa fez exatamente o mesmo número e, depois, chegou à comissão politica e disse que não era candidato", recordou. O ex-presidente da autarquia disse não lhe apetecer votar todos os anos a mesma questão, lembrando que o Congresso Extraordinário do PS legitimou Seguro com uma vitória e não uma derrota.

segunda-feira, maio 26, 2014

Boa noite, gente.

domingo, maio 25, 2014

Que vêm fazendo os responsáveis políticos europeus para que tanto desiludido em França vote num partido cujo patriarca espera - ou deseja? - que a imigração seja travada pelo vírus Ébola?

Sem resposta...

  1. "Ah, o famoso bispo do Porto!"
    por ANSELMO BORGES

    JN.
    Foi com esta exclamação que João Paulo II, na sua visita ao Porto, se dirigiu a D. António Ferreira Gomes, quando ele, já bispo resignatário, apresentou os seus cumprimentos de despedida.
    Morreu há 25 anos. Lembrando a data, o que aí fica quer ser tão-só uma homenagem ao homem e ao bispo, cujo lema era "de joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens" e que, em todas as circunstâncias, foi o exemplo superior do que chamo a voz político-moral da Igreja.
    Já na famosa Carta a Salazar, que pagou com um exílio de dez anos, exigia a liberdade de pluralismo partidário e sindical e de greve. E lembrava "dois problemas fundamentais" em ordem à paz: 1. "Os frutos do trabalho comum devem ser divididos com equidade e justiça social entre os membros da comunidade"; 2. Os indivíduos e as classes "nunca estarão satisfeitos enquanto não experimentarem que são colaboradores efectivos, que têm a sua justa quota-parte na condução da vida colectiva, isto é, que são sujeito e não objecto da vida económica, social e política." O equilíbrio financeiro "é óptimo", mas "nunca deve deixar de estar ao serviço do Homem".
    Preocupava-o a religião das promessas, a religião utilitária, como testemunhou num diálogo, a meu convite, com Óscar Lopes, reconhecendo que "a religião pode realmente ser ópio do povo", pois, "muitas vezes para o povo a religião no geral não significa nada de transcendente." Ora, "o limiar diferencial da religião cristã começa quando alguém se debruça sobre o outro, quando alguém se volta para o que o transcende, seja o outro neste mundo, seja Deus enquanto o Outro absoluto, sabendo que a relação com o Outro absoluto é exactamente também a relação com o irmão". Por isso, "nenhum homem responsável da Igreja poderá dizer que não quer saber de política ou que nada percebe de política".
    Após a resignação, foi viver para Ermesinde, onde escreveu as célebres Cartas ao Papa João Paulo II, nas quais aprofunda alguns dos seus pensamentos sobre a sociedade e a Igreja.
    Ficam aí alguns extractos. "O Homem não tem liberdade, pois ele é uma liberdade." Por isso, "é bem tempo de acabar com a velha fórmula de "conversão": "Curva a cerviz"". "A Igreja tem de avançar face à História na mesma atitude com que vai ao encontro do dia de Jesus Cristo. Isto obriga-a a um grande esforço para consciencializar-se de si mesma e do mundo a que está enviada." Na linha do que disse A. Camus sobre o suicídio como "o único problema da filosofia", "nós, homens da Igreja, deveríamos sentir que o suicídio de uma pessoa bem dotada é o "único" problema da teologia"."Dificilmente haverá outra pastoral mais necessária e ao mesmo tempo mais difícil" do que esta: a "pastoral da inteligência". "A democracia, que se baseia na liberdade e deve procurar mais liberdade, também não é graça que se receba passivamente nem virtude que seja oferecida de fora: virtude, sim, mas virtude a conquistar-se e dom a merecer-se." "Deus é o futuro absoluto do Homem". "Os cristãos são frequentemente acusados de serem homens do ressentimento, presos ao passado, incapazes dum "grande desejo". É no sentido contrário que está a verdade e vivência do cristianismo." "Apóstolos, sim, mas antes discípulos: apostolado, sim, mas antes discipulado." "É necessário criar um certo conceito de obscenidade neste mundo da comunicação e dos mass media, mundo que está feito "a nossa aldeia", mas para a qual não há as disciplinas morais, culturais e sociais ou de vizinhança que outrora às aldeias se davam."
    Ousou entrar em questões melindrosas. Exemplos: dever-se-á reflectir sobre a confissão auricular - "Santo Agostinho nunca se confessou" - bem como repensar o processo de canonização dos santos; a reforma urgente da Cúria "será baldada se não incluir o desaparecimento da função cardinalícia"; o que se passou no caso do novo Estatuto do Opus Dei foi "um dos factos mais graves da História da Igreja" e dos mais infelizes.
    As Cartas ao Papa não receberam resposta. D. António Ferreira Gomes morreu a 13 de Abril de 1989. A rezar o Pai-Nosso.

sábado, maio 24, 2014

Boa noite, gente.

sexta-feira, maio 23, 2014

Boa noite, gente.

quinta-feira, maio 22, 2014

Boa noite, gente.

O acusado.

Maria,
A queixa, entre o cansaço e o riso – “és um velho”. E eu invocava o BI para concordar sem me pôr em causa, tu enterravas mais fundo a adaga – “sempre foste”. Acusação à míngua de rigor científico, embora pobre existiu vida antes de ti. Que uma vez por outra despertava a tua irritação, o meu silêncio nada tinha de saudoso, pedia segurança ao ciúme que fantasiava (?), “se o passado a assombra, o amor de agora é de carne e osso”. Nada o garante, mas um tipo agarra-se a tudo quando receia perder quase nada na multidão que nos oprime, uma pessoa que planta uma clareira solar à nossa volta.
Era a rotina a escandalizar-te. E no entanto, desta vez comecei bem, sabes? Na portagem o homem escancarou sorriso e disse-me que um dia enviara graça para O Amor é..., eu tinha-a papagueado e depois agradecido, somos “amigos” no Facebook. Apeteceu-me provocar um engarrafamento, sair do carro, dar dois dedos longos de conversa e em número pífio de ilusionismo fazer desaparecer as aspas, tornadas inúteis por bitoque, imperial, bica e arroz doce, mas que língua falam os lisboetas, meu Deus?
Foi sol de pouca dura em fim de tarde que não lhe pôs a vista em cima. O hotel, o carro nas mãos de quem mo acolhe há anos e anos, a reprimenda carinhosa na recepção – “pensei que estava zangado connosco!”. O quarto. Uma última vista de olhos pela comunicação de amanhã, a gentileza do “meu menino” anfitrião – “precisa de alguma coisa?”. (Tu sugeririas dose dupla de genica...). Eu quase me senti orgulhoso por não chamar o room service, sabia a resposta – “o costume, doutor?”. Que desconfio semelhante no restaurante ao lado, como as mesmas coisas nos mesmos sítios, tu respeitavas a fidelidade às gentes, mas pedias uma réstia de coragem face à lista. Em honra da tua sombra comi frango e não bife no hotel mas não no quarto – vinte e três andares de distância, querida! -, juro que vi um suspiro desalentado espreitar nos olhos do chefe, não admira, tu divertes-te a habitar os ecrãs que me rodeiam, no filme de terror que é o teu vazio.
O puto que me serviu era gentil, protegeu-me da corrente de ar, aproveitei para falar do internamento do McCartney no Japão e ele foi peremptório – “não são do meu tempo, mas adoro a música deles”. Imaginas o que se seguiu – ele aguentou, estóico, o meu desfiar de recordações longínquas e medos actuais, não estou pronto para chorar outro Beatle. Muito menos sem o teu colo a olhos de semear, envelhecer é navegar entre lutos reais e temidos, até que outros sejam obrigados a lidar com o nosso, quantas vezes me pergunto se já aliviaste o teu...
Descansa em paz, querida.

Revi Hannah Arendt, que psi desconhece a banalidade do mal, que preferimos pensar monopólio do Outro? Canal vizinho - Notting Hill! Pela enésima vez cá em casa... E a nostalgia do happy end que nos consola e fere na vida real, de também nós acabarmos sentados num qualquer relvado inglês. Em paz...

quarta-feira, maio 21, 2014

Boa noite, gente.

terça-feira, maio 20, 2014

Boa noite, gente.

segunda-feira, maio 19, 2014

Boa noite, gente.

sábado, maio 17, 2014

Boa noite, gente.

sexta-feira, maio 16, 2014

Boa noite, gente.

quinta-feira, maio 15, 2014

Boa noite, gente.

quarta-feira, maio 14, 2014

Para quem ficou triste:).

terça-feira, maio 13, 2014

Boa noite, gente.

O título é da Bea - Cifrado:).

Maria,
Passos calçados por eco dos teus. De orelha a orelha sorriso incrédulo – pois também entram na dança as meninas dos meus olhos? Tacões, altos e negros, rendo-me alucinado, eis a recompensa, nasce vestido menineiro, com decote adolescente mas botões adultos, que me cravam a pergunta escandalizada – “Júlio, onde e por que param os teus dedos?”. Gaivotas em terra, querida, sem teu corpo não se fazem ao mar...
E abraçadas choram as três meninas, viúvas de corpos exaustos, em que a ternura, de tão viva, anunciava já a ressurreição do desejo.
Cai a tarde à beira-rio.

Boa noite, gente.

domingo, maio 11, 2014

Boa noite, gente.

sexta-feira, maio 09, 2014

Flash back.

Flash back.

Hoje foi um dia bom. As minhas colegas Lurdes Couto, Isabel Sousa e - ups! - mil desculpas , convidaram-me e ao Pedro Vendeira para um workshop sobre Sexualidade, inserido no Sexto Encontro das USF. Como bónus levei o meu herdeiro profissional e filho de afecto, Pedro Fernandes. Elas fizeram um óptimo trabalho e nós ajudámos no que pudemos, o que já me poria a abanar a cauda. Mas acontece que havia tantos candidatos de última hora como inscritos e tiveram a gentileza de me pedir opinião. Senti-me trinta anos atrás no ICBAS e respondi - "quem não se importar de ficar de pé ou sentado no chão, que entre". E assim aconteceu! Momentos destes fazem-nos acreditar que uma vida inteira valeu a pena. Cereja em cima do bolo - alguns deles tinham sido meus alunos e recordaram-mo, sem amuar com a minha falta de memória .
Hoje foi um dia bom. Obrigado.

quarta-feira, maio 07, 2014

Boa noite, gente.

terça-feira, maio 06, 2014

Boa noite, gente.

segunda-feira, maio 05, 2014

Boa noite, gente.

Gosto muito de ler este homem.

Canonizações e seus perigos
por ANSELMO BORGES
No passado domingo, Roma concentrou mais de um milhão de pessoas, vindas de todo o mundo para a canonização dos papas João XXIII e João Paulo II, duas figuras que marcaram de modo decisivo a Igreja católica e o mundo no século XX, como tentarei mostrar no próximo sábado. Hoje, quereria tão-só reflectir sobre os perigos das canonizações.
É normal que em todas as instituições e sociedades se lembre e honre figuras que se destacaram. Assim, também na Igreja, desde o início, se venerou a memória dos mártires, que deram a vida por Cristo, e, depois, dos "confessores", cristãos exemplares. Também por causa dos abusos - durante quase todo o primeiro milénio do cristianismo, foi a comunidade crente a tomar a decisão de declarar quem era santo -, o papa Urbano VIII, em 1634, reservou a canonização dos santos ao bispo de Roma, sem que isso tenha significado o fim dos abusos. Em 1983, João Paulo II reforçou este centralismo papal, determinando que é "unicamente ao Sumo Pontífice que compete o direito de decretar" se o servo de Deus em causa merece ou não ser proposto como exemplo e modelo para "a devoção e imitação dos fiéis".
O teólogo J. M. Castillo, que escreveu uma história da canonização, faz notar que, nos santos que canoniza ou não, o poder papal acaba por pôr em evidência o modelo de Igreja que quer impor. Por exemplo, quando Eugénio III canonizou, em 1146, o imperador Eugénio II da Baviera, o que estava sobretudo em causa era "propor um modelo de governante político, piedoso e submisso à Santa Sé". Como consequência das Cruzadas, mudou o ideal de santidade, a ponto de uma pintura do Fim do Mundo retratar Cristo como soldado a cavalo. Outro exemplo eloquente é o papa Gregório VII, que morreu em 1085, sendo canonizado em 1728. Foi ele que operou a chamada "reforma gregoriana", que impôs o celibato obrigatório e centralizou o poder da Igreja no papa, de tal modo que o teólogo cardeal Y. Congar pôde escrever que, desde então, "obedecer a Deus significa obedecer à Igreja e isto, por sua vez, significa obedecer ao papa e vice-versa". Em pleno século do Iluminismo, era preciso exaltar o papado, recuperando a memória de um papa que já poucos podiam recordar.
Foi por Celso Alcaina que soube do número de pessoas envolvidas numa canonização: uns 24 funcionários permanentes na Congregação para as Causas dos Santos, 14 advogados de defesa, 2 promotores da fé, 20 cardeais, 10 relatores, 228 postuladores adscritos, 70 consultores, muitos peritos em diferentes assuntos, vários notários. Pode-se, pois, imaginar as somas de dinheiro que esta parafernália burocrática custa, percebendo-se os perigos de discriminação em que ficam homens e mulheres verdadeiramente santos, pois levaram uma vida heróica, no cumprimento do dever e na entrega aos outros, mas que não têm suporte financeiro, publicitário, político. Pergunto sempre: porque é que não se canoniza o Padre Américo e tantos casais exemplares?
Castillo: Num dos estudos mais fiáveis que se fizeram mostra-se que "de 1938 casos examinados de santos canonizados, 78% pertenceram à classe alta, 17% à classe média e só 5% à classe baixa".
E lá está a magnificência de uma canonização, que pode ferir a simplicidade do Evangelho. Quando se trata de canonizar papas, sobrevém o perigo da endogamia e da canonização do poder.
E tem de haver o "milagre" exigido como comprovativo de santidade. Isso é magia. E pensar que Deus interrompe ou suspende as leis da natureza supõe que Ele está fora do mundo e que, de vez em quando, vem dentro e vem para uns e não vem para outros. Ora, Deus não está fora mas dentro, como fundamento do milagre da existência de tudo. Precisamente porque tudo é milagre - o milagre de existir - não há "milagres".
Também nisto, estou com a minha irmã, que diz: "Eu ligo pouco a estas coisas. Eu sou como o nosso pai que só rezava ao Nosso Senhor".


domingo, maio 04, 2014

sábado, maio 03, 2014

Boa noite, gente.

Boa noite, gente.

sexta-feira, maio 02, 2014

Boa noite, gente.

Boa noite, gente.

A pedido da Andorinha:).

A pedido da Andorinha:).